sábado, 4 de fevereiro de 2012

Carlos Col: “Bom ou ruim, o preço é o mesmo”

Carlos Col é, reconhecidamente, um dos homens fortes do automobilismo brasileiro. É ele o diretor da Vicar Promoções, empresa que responde por quatro competições nacionais, a Stock Car entre elas. Col chegou ainda na tarde de ontem a Cascavel para participar, hoje, do almoço promocional em torno da revitalização do autódromo. “Eu tinha de vir prestigiar e oferecer a ajuda que está ao meu alcance”, falou.

Ex-piloto, Col não visitava o autódromo de Cascavel, segundo suposição dele próprio, “há uns cinco ou seis anos”. Acho que é mais, desde que a Fórmula 3 sul-americana teve aqui eventos promovidos pela Vicar. 2003 eu tenho certeza, fui eu quem narrou as corridas para o autódromo; 2004, uma possibilidade. Nada importante, enfim. Não vinha para cá há um bom tempo, o Col, que também já disputou corridas aqui.

Era Carlos Col quem poderia dar a resposta que a grande maioria dos presentes ao almoço de hoje, e eram umas 400 ou 500 pessoas, estava esperando: a Stock Car vai ou não vai voltar a Cascavel? A categoria teve cinco corridas aqui até hoje, a última delas em 1991. Já vai um bom tempo.

Bati um papinho com o Col, também.


Luc – Há algo que favoreça Cascavel nesse esforço para voltar a receber bons eventos?
Col – O circuito de Cascavel é muito tradicional, precisa ser resgatado para as provas nacionais. Com essa obra, principalmente na infraestrutura e na segurança de pista, eu espero que fique tudo em ordem pra gente trazer todos os campeonatos brasileiros pra cá. É um circuito que os pilotos gostam muito, desafiador, prazeroso. O povo da região adora corrida, sempre lota o autódromo, e a gente trabalha pra isso, pra entregar um bom espetáculo de automobilismo pro povo. Quando o povo prestigia dá mais prazer.

Luc – Você conhece o projeto. Com todo ele executado, podemos contar com a volta da Stock Car?
Col – No final do ano passado o Edgar (Bueno, prefeito) esteve na Vicar, no meu escritório. Eu dei alguns conselhos e direcionamentos. Ontem, andei curva a curva a pé com ele e com o Pedro Muffato. Olhamos tudo novamente, de novo coloquei algumas coisas que são fundamentais. Uma coisa tem de estar clara para todos os envolvidos: é o mesmo custo para fazer mal feito ou bem feito. Fazer uma área de escape correta, zebras corretas, como manda o padrão da FIA, barreiras de pneus no padrão FIA, o custo é o mesmo. Se é o mesmo custo, então vamos fazer bem feito, não é? E se tudo estiver como manda o figurino, como manda o padrão da FIA, certamente vamos trazer todas as categorias aqui de volta.

Luc – E do portão do autódromo pra fora, Cascavel interessa à Stock Car?
Col – A cidade tem um histórico bom, de público que vem, que assiste, gosta, curte, e a gente tem um prazer enorme de fazer corrida para quem dá essa resposta positiva.

Luc – Já existe negociação para um evento da Stock Car aqui?
Col – Eu brinquei com o prefeito, falei que ele não vai se ver livre de mim muito fácil. Até o fim da obra, vou vir aqui uma vez por mês, pra me certificar que tudo está sendo feito do jeito certo, pra eventualmente não ter que desmanchar e fazer de novo, ou pra não ter que dizer que o trabalho não foi suficiente pra eu trazer a Cascavel, por exemplo, a categoria top do Brasil, que é a Stock Car.

Luc – A pista vai continuar com três quilômetros. Essa pista comporta a Stock V8?
Col – E como não? A largura vai ser de 12 metros, comporta perfeitamente. Tendo todos esses itens que eu mencionei, comporta.

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