sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A supercola

Tudo é lenda, até que haja provas ou testemunhos concretos.

Mas a coisa aconteceu, ou teria acontecido, numa etapa da Stock Car em Goiânia, em 2001. O asfalto da pista começou a esfarelar, tal qual ocorre hoje com o novíssimo asfalto da pista de Londrina.

Um avião saiu, ou teria saído, do interior paulista levando para lá em caráter de emergência um suprimento de um produto químico que, para efeito do comentário de ora, vamos definir como “supercola”.

E a supercola, cuja estocagem (sem trocadilhos) tinha ou teria outros fins, foi, ou teria sido, aplicada ao asfalto leproso, e o evento transcorreu, ou teria transcorrido, dentro da normalidade.

Ainda existe, ou existiria, a supercola? Sua aplicação poderá, ou poderia, salvar o evento da Stock Car em Londrina. Porque hoje ninguém mais entra na pista.

Eu, honestamente, não lembro. Quem puder confirmar ou desmentir o conto de hoje que se manifeste, por favor.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Momento relax

Chegou por e-mail, quem mandou foi a incansável Cris Thurm. Atribuído a autor desconhecido, o que é uma novidade, já que normalmente se indicaria a Luís Fernando Veríssimo ou Arnaldo Jabor.

"O POLIGROTA"

É verdade matemática que ninguém pódi negá,
que essa história de gramática só serve pra atrapaiá.
Inda vem língua estrangêra ajudá a compricá.
Mió nóis cabá cum isso pra todos podê falá.

Na Ingraterra ouví dizê que um pé de sapato é xu.
Desde logo já se vê, dois pé deve sê xuxu.
Xuxu pra nóis é um legume que cresce sorto no mato.
Os ingrêis lá que se arrume, mas nóis num come sapato.

Na Itália dizem até, eu não sei por que razão,
que como mantêga é burro, se passa burro no pão.
Desse jeito pra mim chega, sarve a vida no sertão,
onde mantêga é mantêga, burro é burro e pão é pão.

Na Argentina, veja ocêis, um saco é um paletó.
Se o gringo toma chuva tem que pô o saco no sór.
E se acaso o dito encóie, a muié diz o pió:
''Teu saco ficô piqueno, vê se arranja ôtro maió!'

Na América corpo é bódi. Veja que bódi vai dá.
Conheci uma americana doida pro bódi emprestá.
Fiquei meio atrapaiado e disse pra me escapá:
Ói, moça, eu não sou cabra, chega seu bódi pra lá!

Na Alemanha tudo é bundes. Bundesliga, bundesbão.
Muita bundes só confunde, disnorteia o coração.
Alemão qué inventá o que Deus criou primêro.
É pecado espaiá o que tem lugar certêro.

No Chile cueca é dança de balançá e rodá.
Lá se dança e baila cueca inté a noite acabá.
Mas se um dia um chileno vié pro Brasir dançá,
que tente mostrá a cueca pra vê onde vai pará.

Uma gravata isquisita um certo francês me deu.
Perguntei, onde se bota? E o danado respondeu.
Eu sou home confirmado, acho que num entendeu,
Seu francês mar educado, bota a gravata no seu!

Pra terminar eu confirmo, tem que se tê posição.
Ô nóis fala a nossa língua, ô num fala nada não.
O que num pode é um povo fazê papér de idiota,
dizendo tudo que é novo só pra falá poligrota.


Genial e muito bem sacado. Ninguém que concebe algo desse quilate deveria ficar incólume.

Isso é o Itaipava GT

O Nei Tessari, apressado, já postou no blog dele, o contestável Bobo da Corte.

Estava na minha pauta de hoje, para assim que houvesse tempo. Vai aqui, de qualquer forma, um pouco - ou bastante - do que é o Itaipava GT Brasil.


O clipe é uma produção da Auto+ Entretenimento, parceira da SRO Latin America na promoção do evento.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Crash!

O fim de semana em Santa Cruz do Sul foi de uma correria acima do normal, a ponto de nada que merecesse um mero registro ter vindo parar aqui no BLuc.

Nas corridas da quarta etapa do Moto 1000 GP, duas vitórias de Diego Faustino na GP 1000, enquanto a GP Light alternou o estreante Joniran Saling e o líder Dudu Costa Neto, piloto da Honda nº 117 aí ao lado, no degrau mais alto do pódio. Os resultados estão todos aqui, no site da categoria.

A imagem mais impressionante do fim de semana ficou por conta de um acidente no fim da corrida de domingo pela GP 1000. O vídeo está aqui, no portal R7.

É um trecho da transmissão ao vivo pela Record News, que teve minha narração, comentário do César Barros e reportagem do Ricardo Montesano.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Luc out of Rio

Algumas coisas nos trazem a ilusão de que a vida vale a pena. Ou qualquer coisa perto disso.

Hoje saí do hotel cedo, para jantar cedo, voltar cedo, dormir cedo. Amanhã é dia de acordar cedo. Plano cumprido até a página dois. Quando ensaiei uma saída da Centenário, a melhor churrascaria do sul do mundo, começou a música ao vivo.

À mesa, o Clóvis Grelak e eu. No palco, Marco & Uli, a melhor dupla do sul do mundo. De cara, “The boxer”, de Simon & Garfunkel, e “My sweet Lord”, de George Harrison. Não tive dúvidas, dispensei a companhia do sócio, já estava decidido a passar a noite ali escutando peça por peça aquele repertório que nada, ou pouco, tem a ver com o meu. Só não tinha percebido que ele, o parceiro, havia tomado a mesma decisão, mandar-me-ia às favas para apreciar o repertório que, definiria depois, era dele.



Consegui gravar essa. “Handle with care”, que nem sabia ser do George, também. E vieram mais e mais pérolas, “Hotel California” não poderia faltar, e não faltou, e Clóvis revivia sua juventude a cada acorde executado com maestria pelo Marco no violão, e se emocionava, e eu só achava tudo aquilo simplesmente do caralho.

Rock in Rio, o cacete. Hoje escutei Marco & Uli. Foi a melhor ida a um restaurante em todo o sul do mundo.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Mundo sobre rodas

No posto de gasolina em frente ao hotel em Santa Cruz do Sul, além da rapaziada reunida para a cervejinha de começo de noite, alguns exemplares que deveriam ser itens obrigatórios na garagem de qualquer um que goste de carros.

E o Chevettinho ali, pequenino e imponente, dizendo a todos que tamanho não é documento. Tenho um desse, bem mais bonito. E meu, o que é melhor.

Nada mais a dizer


O Gomes publicou ontem no blog dele, faço questão de compartilhar com os que passam os olhos por aqui por algum motivo.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Às duas rodas

Depois de quase um mês fora de casa, ainda estamos por aqui desfazendo as malas. Até por questão de necessidade, já que tenho novo embarque amanhã e vou precisar de uma delas.

Volto a Santa Cruz do Sul, para pela primeira vez narrar corridas de motovelocidade para a televisão. Entre sexta e domingo, no circuito gaúcho, vão acontecer os treinos e provas da quarta etapa do Moto 1000 GP.

O desafio será interessante, profissionalmente falando. E a responsabilidade é gigantesca, já que substituo, nesta etapa, o impagável e incomparável Edgard Mello Filho. Titular absoluto do microfone do Moto 1000 GP, Edgard estará de volta na etapa seguinte, em Curitiba.

As corridas da categoria são transmitidas pela Record News e pela Record Internacional, além do portal de internet R7. A programação da etapa gaúcha está aqui, no site da categoria.

2011, a título de aprendizado, tem-me sido um ano sensacional.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Tem boné pra torcida

E não é que consegui aqui em Jacarepaguá mais dois dos novos bonés do Porsche GT3 Brasil para sortear entre a galera do Twitter?

Para concorrer, basta seguir meu perfil no Twitter e postar lá a seguinte frase, acompanhada do link e da hashtag indicados?

Neste sábado tem @PorscheGT3Cup no Speed, a partir do meio-dia, com narração de @lucmonteiro. kingo.to/ORy #PromoBLuc

Sorteio amanhã, logo após o encerramento da etapa do Rio de Janeiro, que terá transmissão ao vivo do Speed Channel a partir do meio-dia.

'Bora tuitar, ora.

ATUALIZANDO EM 18 DE SETEMBRO, ÀS 18h13:
Os vencedores do sorteio são @lucasfollows e @allemaun, segundo apontou o Sorteie.me. A URL do sorteio é esta aqui: http://sorteie.me/1VDr3R.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Cá com meus botões




Pode ser culto a uma dose de vergonha na cara que não tenho.

Mas eu, diante da situação física e política do autódromo do Rio, e se tivesse algo a ver com a zona toda, já teria mandado tirar essa placa daí.

Como meu nome nela não aparece, não é problema meu.

Porsche in Rio

Vá lá que o trocadilho aí de cima seja tão infame quanto batido, mas começou a movimentação de pista do Porsche GT3 Brasil em Jacarepaguá. Teremos aqui, no sábado, as provas da sexta etapa, duas corridas da Cup e outra da Challenge.

A primeira prova da Cup, no sábado, terá início às 10h50. Em seguida, às 12h05, será dada a largada para a prova única da Challenge. O complemento da rodada dupla da Cup terá a 12ª corrida do ano começando às 13h25.

Todas as corridas serão mostradas pelo Speed Channel, com minha narração e comentário do André Duek – para os países de língua espanhola da América Latina, a narração será do grandalhão Marcos Perez Tarazona, que terá Fernando Silva como comentarista.

Abriremos a transmissão pelo Speed ao meio-dia, com a corrida da Challenge, ao vivo. Logo após a festa do pódio, exibiremos o VT completo da primeira prova da Cup. A segunda, que encerra a programação, será mostrada também ao vivo.

Os treinos de hoje, já abertos, transcorrem sob um céu marrento, como costumo dizer, algo atípico para a imagem que se tem do Rio. Mas a meteorologia indica um fim de semana de sol para os treinos classificatórios e as corridas.

O autódromo de Jacarepaguá, cabe nota, é o sexto que recebe as provas da categoria em seis etapas – neste ano já passamos por Estoril, Buenos Aires, Velopark, Curitiba e Interlagos.

Luc Parade


Raul Seixas, sujeito de profética genialidade (ou de geniais profecias?), deu a letra da coisa toda. Talvez não lhe tenham dado a devida atenção em tempo.

Mas convenhamos, embora ainda haja tanto mais a fazer, não dá pra alegar que o baiano tenha sido ignorado.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Sertanejão na veia


Não sei por que cargas d'água fui lembrar hoje de Tico Tico & Beija Flor. Esses molequinhos arrepiavam uns 20 anos atrás cantando "Bicho do Paraná", e pensei em colocar o vídeo dessa música. Não o encontrei, o que não surpreende.

Vasculhando a internet, encontrei essa participação deles no programa do Sílvio Santos. Depois de uns cinco minutos da lenga-lenga padrão do Sílvio, eles entram cantando "Evidências", com o acompanhamento da orquestra do finado maestro Zezinho, acompanhamento que sempre associei ao padrão de bandas militares, sem demérito nenhum às bandas militares.

Enfim, Tico Tico & Beija Flor piavam e arrepiavam com "Bicho do Paraná" uns 20 anos atrás. E não é que ainda cantam? Da fase atual, digamos assim, achei essa gravação amadora.

It happens

Deu no Kibeloco. Fosse nos meus tempos de jornal O Paraná e o Toninho Sbardelotto estaria comigo ao telefone das oito da manhã até agora, com seus "meu fiiiio...".

Serve-nos de consolo, não, Vanderson Luiz?

As corridas do Rio no Speed

O Speed Channel inicia neste domingo a exibição das corridas do Itaipava GT Brasil na sétima etapa, disputadas no último fim de semana aqui no Rio de Janeiro.

A primeira exibição está agendada para domingo, a partir das 11h, com as duas corridas – a de sábado, vencida por Xandy e Xandinho Negrão, e a de domingo, que teve Valdeno Brito e Matheus Stumpf em primeiro – na categoria GT4, Valter Pinheiro e Leonardo Burti ganharam as duas. Às dez da noite, haverá apresentação de uma das duas corridas. Presumo, sem fonte, que seja a primeira.

As duas provas terão nova exibição na segunda-feira, a partir das 22h. Na terça haverá duas apresentações da rodada dupla, agendadas para as 10h30 e as 15h30.

A rodada dupla carioca do Itaipava GT Brasil voltará à tela do Speed no domingo, dia 25, às 2h30 – será noite de sábado, para efeitos práticos. E às 22h30 vai ao ar mais uma corrida isolada, que presumo ser a segunda da rodada.

As corridas têm minha narração e comentário do Tiago Mendonça. Não tive aqui nenhuma informação privilegiada, algo que nunca tenho sobre coisa alguma. Esses horários estão na área de programação do site do canal.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Vai perder a graça


Sempre se dá um jeito de estragar as coisas boas da vida.

Por todos os motivos e episódios que já foram explorados ao máximo pela mídia e por todo mundo, "Two and a half men", o melhor seriado de TV de todos os tempos, perde Charlie Sheen, que se perdeu nas tentações da vida, e passa a contar com o limitado Ashton Kutcher. Nos EUA, a temporada com o novo time vai estrear na semana que vem.

Não tenho dúvida de que perderá a graça. Até a nova abertura do programa, com os três protagonistas dublando "Manly men", já está sendo divulgada - me chamou atenção o modo como Jon Cryer olha para Ashton durante o filmete, parece transparecer que o novo integrante não é bem-vindo (ou benvindo?).

Vou começar a assistir só a "The Big Bang Theory".

sábado, 10 de setembro de 2011

Aqui é parceria

Desta vez, na etapa aqui de Jacarepaguá, é o Osires Júnior quem dobra comigo a locução dos treinos e corridas do Itaipava GT Brasil, disponibilizada ao público do autódromo e também aos internautas contectados aos sites do evento e da web rádio High Speed Brazil.

Parceiro das antigas, Osires - que destaca no currículo até narração in loco de Copa do Mundo - também vem lá de Cascavel. Chegou ao Rio garantindo que a cidade sobreviveu ao terremoto da semana passada.

Quem tirou a foto foi o Flávio Bergmann, da Yes Sports. Que não capturou meu melhor ângulo.

Arte para os melhores

O Itaipava GT Brasil, há muito e, vem mostrando níveis superiores ao das demais categorias do automobilismo nacional. E em vários quesitos.

Dentre esses pontos todos, e atendo-me por ora ao lado de trás do balcão, um que merece meu "dez, nota dez!" - um chiste, só pra aproveitar a onda aqui do Rio de Janeiro - é a confecção dos troféus reservados aos vencedores.

É pena não haver um troféu para o melhor locutor do evento. Colocaria um desses na minha estante e tiraria o pó dele todo dia.

Ou, por outro lado, é até bom que não haja. Eu o perderia para o Osires Júnior, parceiro lá de Cascavel com quem revezo os microfones na etapa de Jacarepaguá.

É uma bela peça, não?

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Sertanejão na veia


Já comentei aqui, e isso é óbvio, que as maiores pérolas do estilo são os causos contados em forma de modão. Quando quem conta, ou canta, são Felipe & Falcão, tornam-se peças irretocáveis.

Linda história, a de "Herói sem medalha".

Esporte (ponto final)

Sócrates – que vive hoje o maior drama de sua vida – e o mão-santa Oscar Schmidt foram os primeiros entrevistados do projeto “Esporte (ponto final)”, lançado pelo colega Daniel Betting.

A ideia, segundo explica o Daniel, é colocar no ar, a cada mês, um grande nome do esporte contando em vídeo o que viu e viveu em sua trajetória.

Não há muito a comentar, o melhor é conferir o resultado do trabalho. A entrevista de Sócrates está aqui – e todos torcemos, claro, para que a equipe do Daniel apresente dentro de algum tempo um segundo bate-papo com o doutor. A de Oscar, aqui. Ana Moser, do vôlei, é a próxima.

De carro, de van, de caminhão

Wellington Cirino vem experimentando novos ares no automobilismo. Nada que vá abalar seu trabalho na Fórmula Truck, onde faz planos para pelo menos mais 20 anos de carreira – é tempo suficiente para ampliar o recorde de títulos conquistados, quatro até agora, todos pilotando para a Mercedes-Benz.

É justamente numa associação com a marca que levou ao tetracampeonato que Wellington vive um novo desafio neste fim de semana aqui no Rio de Janeiro. Vai participar pela primeira vez do Mercedes-Benz Grand Challenge, formando dupla com Beto Rossi na equipe Center Bus-Petrobras – Wellington participa da corrida de amanhã e retoma suas funções de consultoria na de domingo.

Terminado o trabalho em Jacarepaguá, o piloto de Francisco Beltrão tomará o avião para Portugal. Lá, na semana que vem, vai disputar uma corrida de... vans! É isso mesmo. Wellington participar no Algarve da quinta etapa do Ford Transit Trophy, atendendo a convite da Ford Lusitana. A categoria, aliás, já apareceu aqui no BLuc, em "Wacky Races", mais uma das séries finadas que o blog tentou emplacar.

A agenda movimentada devolverá o “marreco voador” (tentaram plantar o apelido alguns anos atrás, acho que não pegou; o marreco, cabe explicar, é algo como símbolo de Beltrão, como o porco representa Toledo e a cobra é símbolo de Cascavel) a seu ambiente no início de outubro.

No dia 9, Wellington vai participar em Guaporé da quinta etapa do Brasileiro de Fórmula Truck – é terceiro no campeonato, a cinco pontos de seu parceiro Geraldo Piquet, primeiro na tabela.

Timão é Timão

O sonho de todo torcedor pó-de-arroz é ser corintiano, e disso ninguém duvida. As aspirações de crescimento alimentadas nas Laranjeiras passa pelo marketing, que já estabeleceu para o Fluminense até uma camisa imitando o manto do Corinthians que homenageia o Torino de 1949.

Camisa bonita, vá lá, mas esforços em vão. Quem nasceu para Fluminense jamais chegará a Corinthians - que, claro, é líder.

Mulher ao volante

Fiquei dois dias desligado do mundo, ou quase, mas hoje não teve jeito: voltei a disputar com o sol a duvidosa proeza de levantar mais cedo. Perdi, como sempre.

Mas o esquadrão BLuc já está a postos em Jacarepaguá, para mais um fim de semana de atividades do Itaipava GT Brasil. E uma das novidades da programação será a presença feminina na pista.

Na chegada, encontrei Michelle de Jesus, encaminhando seu procedimento de inscrição. Vai participar da rodada dupla do Mercedes-Benz Grand Challenge, formando dupla com Leandro Romera na equipe RSports.

Michelle, até a primeira metade da temporada, foi destaque da Copa Engebrás de Marcas & Pilotos, categoria paulista cujas provas eu narro para o Speed Channel - as baterias da oitava etapa, aliás, serão exibidas a partir da semana que vem. Depois, fez uma participação no novo Brasileiro de Marcas da Vicar, em Interlagos, e agora chega à categoria que traz à pista o modelo C250 CGI.

Como sempre, todas as corridas do fim de semana - duas do Itaipava GT Brasil, duas do Mercedes-Benz Grand Challenge e uma do TNT Superbike - terão transmissão ao vivo no site do evento. A programação de treinos e provas está aqui.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

"RS1 MILHAO"

Um dia vou entender por que me meto em algumas coisas. Só a falta do que fazer pra justificar meus, digamos, experimentos.

Eis que ao toque de mensagens do meu celular, acesso os novos torpedos e leio o seguinte:

“Hoje e seu DIA DE SORTE na TIM! So 1 torpedo e vc pode ganhar 3 premios: RS5Mil, RS60Mil e RS1 MILHAO. Rapido! Envie agora MILHAO p/5522 e aproveite. RS1,99+IMP”

Em tempo, não escrevo tão mal assim, apenas reproduzi exatamente como veio o SMS, enviado por alguma central eletrônica identificada por 5522, que sei ser provido pela TIM. Como mente vazia é oficina do cão, como terá dito a avó de alguém, enviei o tal torpedo. Mais para ter certeza de que a única informação que me chamou atenção, “só um torpedo”, era mentirosa.

Recebi essa mensagem às 19h08, e é também o horário que indica no registro do SMS. Em seguida veio outra, registrada como tendo sido enviada às 18h46 – chegou às 19h11, ou 19h12:

“PARABENS! Chegou a hora na TIM e VC PODE FICAR RICO no sorteio deAMANHA da Milhao Na Mao! Envie seu NOME p/5522, some 2 Numeros da Sorte e proveite.RS1,99+IMP”

Não respondi nada, afinal minha curiosidade estava satisfeita, e por isso pagarei quase dois reais (imagino que o “RS” do torpedo signifique isso; se for "rateio do salário" ou qualquer coisa do gênero, minhas finanças estarão seriamente comprometidas) acrescidos de impostos. O sistema insistiu e enviou uma terceira mensagem, registrada como tendo sido recebida às 18h52:

"Chegou a hora de GANHAR RS1 MILHAO na promocao Milhao na Mao! Complete agora seu cadastro enviando seu NOME p/5522 e aumente sua chances de GANHAR. RS1,99 TRIB”.

Vou tomar o cuidado de não apagar essas mensagens da caixa de entrada. E, assim que estiver de novo sem ter o que fazer, o que pode acontecer ainda neste ano, vou atrás de incomodar um pouquinho a operadora. Ou bastante.

As operadoras de telefonia celular, a TIM e todas as outras, são uma piada de mau gosto. E não é por falta de concorrência.

Será que em países de verdade também é assim que (não) funciona?

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Nasr, o cara da vez

Jornalisticamente falando, faz muito tempo que não faço nada de muito útil em termos de automobilismo. Assim, de tempos em tempos, acabo vasculhando minhas gavetas digitais (inventei isso agora) atrás de alguma coisa que tenha feito anos atrás.

Hoje, motivado pela onda do momento, fui caçar a entrevista que fiz com Felipe Nasr em fins de 2009 e só fui editar no começo do ano passado. Lembrei dela enquanto manifestei aqui minha surpresa com o destaque dado pelo Jornal Nacional a seu título na Fórmula 3 inglesa. Como das outras vezes em que reeditei coisas aqui no blog, vai do jeitinho que escrevi à época, sem nada de atualização. Até as fotos são as que separei mais de um ano e meio atrás, para a revista Cockpit.

CARREIRA

O cara da vez

Felipe Nasr impressiona com campanha vitoriosa na F-BMW e define mudança para F-3 com caminho traçado rumo à F-1

Luciano Monteiro

Dez entre dez atletas que se lançam a uma carreira nas pistas nutrem o sonho, em pouco tempo convertido em objetivo, de chegar à Fórmula 1. Maioria têm suas trajetórias interrompidas pelos motivos mais diversos, em grande parte dos casos ligados à falta de dinheiro para bancar um esporte reconhecidamente dispendioso. E, entre os poucos que conseguem engrenar uma sequência no trabalho de pista, é muito fina a fatia dos que veem a possibilidade concreta de tomar parte da principal competição automobilística do planeta.

Mas há, claro, os que chegam quase lá. E os que sabem que vão chegar lá. Parece ser o caso de Felipe Nasr, brasiliense de 17 anos que ganhou prestígio em 2009, sua primeira temporada no automobilismo, com a conquista do Campeonato Europeu de Fórmula BMW. Depois do título, atuou como convidado em provas do Campeonato Asiático. Em Cingapura, comemorou pole, vitória e volta mais rápida nas duas corridas. Em Macau, etapa única, largou em segundo e foi tirado da pista por outro piloto na primeira volta. Era líder.

Das 16 etapas que compuseram o Europeu, Felipe esteve 14 vezes no pódio, com cinco vitórias e nove segundos lugares. Só não ficou entre os três primeiros na rodada em Silverstone – marcou as duas poles, foi punido por um problema com a marcha à ré de seu carro e largou em último nas duas corridas, que tiveram 26 pilotos. Nas duas, foi oitavo. “Foram as mais importantes, valeram como vitórias. Numa categoria onde ultrapassar é muito difícil, os carros são muito iguais, acabei impressionando muita gente”, orgulha-se.

As atuações valeram-lhe um contato rápido com a Red Bull, que a partir da rodada de Nürburgring dava cores no carro número 12 da Eurointernational. Diplomado em inglês, Felipe aprendeu a falar italiano durante o ano de residência em Novara, cidade sede do time. Agora, empacotou a mudança e vai para Woking, para ficar mais próximo da DoubleR, sua equipe na Fórmula 3 inglesa para 2010. O anúncio da contratação, esperado para os últimos dias do ano passado, seria repicado no site oficial felipenasr.com e em sua conta no Twitter, @FelipeNasr.

Filho de Samir e sobrinho de Amir Nasr, sócios numa das equipes de competição mais tradicionais do país, convive com o mundo da velocidade desde muito novo. Foi pela Amir Nasr Racing que teve os primeiros contatos diretos com carros de corrida. Primeiro, em testes isolados com monopostos da F-Renault e da F-3. Depois, disputando em Interlagos uma rodada dupla F-BMW America, pela equipe da família. Conquistou o terceiro lugar nos dois grids, terminou uma corrida em quinto e outra em terceiro. Despertou olhares atentos.

Felipe é extremamente ligado a esportes. Cumpre sessões diárias de uma hora e meia de musculação e trabalho aeróbico em academia, pratica natação, joga tênis e futebol. É torcedor do Botafogo, por influência familiar. “Eu acompanhava mais o futebol. Mas assisti ao último jogo do Brasileirão, conseguimos escapar do rebaixamento”, comenta. É adepto ainda de videogames e jogos de computador. Em meio a tantos costumes, encontra tempo para sair com os amigos e com Júlia Piquet, filha de Nelson, sua namorada há um ano e meio.

No portaluvas do carro de passeio, leva dezenas de CDs de hip-hop e música eletrônica. “Também gosto de Dire Straits, Led Zeppelin, Pink Floyd, Beatles, o que há de bom no rock mais antigo”. É com todos esses hábitos que o brasiliense distrai-se distante da família, que marca presença quando possível. “Meu pai e minha mãe foram para Monza, na última etapa do campeonato. No meio do ano, os meus primos foram para lá, minha irmã também. A Júlia esteve comigo na etapa da Holanda, a mãe dela mora lá”, ele lista, em bate-papo com a Cockpit.

Cockpit – Como tem sido a experiência de viver longe do Brasil e da família?
FN – No começo era tudo ideia, tudo era falado, a gente falava de eu ir morar fora, na Itália. Mas só quando me vi lá, no apartamento, foi que caiu a ficha. No começo, meu tio (Amir) foi junto para conhecer o local, para me ajudar a achar um apartamento. A tecnologia de hoje ajuda muito, era só ligar o computador e ver todo o meu pessoal pela webcam, então não chegava a dar aquela saudade, aquela coisa de “quero voltar”. Mas quando eu tinha umas duas ou três semanas de folga, voltava para o Brasil. Fiz isso umas quatro ou cinco vezes.

Cockpit – Em entrevista à Cockpit (edição número 1), Nicolas Todt disse que você é o brasileiro que merece ser observado no momento. Como você recebe esse tipo de observação?
FN – É, ele disse isso no GP do Brasil, eu estava lá. O Nicolas veio falar comigo, até falou para eu entrar em contato, você sabe que ele trabalha com gerenciamento de carreiras. Eu agradeci e disse que no momento já estava com outras negociações. Ele falou “tudo bem, mas se optar, se quiser, aqui estão os meus contatos”. É sempre assim, o problema é que as coisas acontecem depois da hora certa. Depois que eu já estava com a vida praticamente resolvida, começaram a chegar mais oportunidades.

Cockpit – E seu teste com o Fórmula 1 da BMW-Sauber?
FN – O Mario Theissen (diretor esportivo da BMW) estava tentando garantir esse teste. Todo ano, o melhor piloto da Fórmula BMW ganha o teste, e eu iria treinar depois do Mundial. Com a saída, as coisas se complicaram. Ele ainda tinha tentado me colocar no teste de dezembro em Jerez, mas já havia três pilotos do ano passado escalados. Minha relação com ele é muito boa, ele me disse com muita clareza que quando tiver alguma oportunidade, a primeira pessoa que vai chamar serei eu. Se ele tiver que apontar alguém para a Sauber, vai me apontar. Mario é uma pessoa muito inteligente, sempre me mostrou o caminho, me ajudou em várias coisas.

Cockpit – Você trabalha com um prazo estipulado para chegar à Fórmula 1?
FN – Olha, se chegar em quatro ou cinco anos, estará ótimo. O que eu quero, mesmo, é chegar lá preparado para dar conta do serviço. Tem que chegar muito bem preparado, para chegar e ficar. Tudo depende de resultado, então não adianta eu dizer para você que, por exemplo, vou fazer tantos anos de F-3, tantos anos de GP2 e entrar na F-1.

Cockpit – Por falar em Fórmula 3, esse é o próximo passo. Contrato já assinado com a DoubleR?
FN – Veja bem, é algo que está para ser anunciado (a entrevista foi feita na tarde de 22 de dezembro). Mas vou, sim, correr na F-3 inglesa, com eles. Também tenho a opção de correr no Campeonato Europeu. Eu falei que queria a F-3, em qualquer campeonato, e o Britânico, para o meu aprendizado, vai ser muito bom, porque serão 30 corridas e mais 10 treinos coletivos. Muita gente diz que eu tenho muita experiência e acha que eu deveria ir para o Europeu, mas eu só fiz um ano de automobilismo.

Cockpit – Tudo indica que seu acordo com a equipe do David e do Steve Robertson faça parte de um projeto a longo prazo, é isso?
FN – Veja bem, além de manterem a equipe eles são gerenciadores de carreira. São pai e filho, e cuidam da carreira do Kimi Raikkonen. Eles pegaram o Kimi com 19 anos e levaram o Kimi à Fórmula 1. São profissionais que projetam a sua carreira, eles vão me levar a Fórmula 1. Como estão sempre com o Kimi, nos GPs de F-1, eles assistiam às minhas corridas de F-BMW e, logo depois de Silverstone, vieram falar comigo.

Cockpit – Então, Nicolas Todt não tem mais chance com você.
FN – Por enquanto, estou com David e Steve. No futuro, nunca se sabe.

Cockpit – Quem é seu ídolo no esporte?
FN – Ah, o número 1, o Ayrton.

Cockpit – Acho que o pai da sua namorada vai ler essa entrevista...
FN(risos) É, eu evito falar quando estou perto do “sogro”. Mas o Nelson é outro sujeito que eu considero muito, inclusive como piloto, pelas tantas coisas que ele desenvolveu e tudo mais que ele fez na F-1. Enquanto ele estava na F-1 com o Nelsinho, a gente se encontrava muito, tinha muito contato, ele sempre vinha perguntar sobre o carro, sobre as coisas das minhas corridas. Agora, a gente conversa na casa da Júlia, temos uma amizade normal, que não depende de automobilismo. Ele me aconselha, fala, mas é um relacionamento normal.

Cockpit – O know-how do Samir e do Amir proporcionaram a você um aprendizado diferente do vivido pelos outros pilotos da sua geração?
FN – Com certeza, eu aprendi muita coisa com meu pai e meu tio. Por causa do trabalho deles, estive nesse meio desde pequeno. Mesmo só assistindo às corridas, eu via o que era errado, o que era certo, via o que acontecia, via porque acabava a carreira do cara, porque dava errado. Por causa disso, antes mesmo de começar no kart, eu já sabia muita coisa do meio do automobilismo. Isso abreviou muita coisa para mim.

Cockpit – Felipe Nasr é diferente dos demais pilotos em quê?
FN – É uma combinação de coisas, acho. Simplicidade, humildade, bastante humildade. Sou muito determinado, estou aí para cumprir meus objetivos. Quando vou para um desafio, vou para ganhar, não estou lá para ser segundo ou terceiro. As pessoas podem falar sobre mim melhor que eu.










Dois momentos de Felipe Nasr na F-BMW: liderando uma etapa do Campeonato Europeu em Monza e na disputa extra-campeonato que dominou em Cingapura

Felipe no JN

Uma vez ganhei uma maquininha fotográfica num concurso musical da faculdade e nunca aprendi a usá-la. Fez falta agora há pouco, nota-se.

Foi de certo modo surpreendente o destaque dado pelo Jornal Nacional - é, o JN, da Globo - ao título que Felipe Nasr, 19 anos, conquistou na Fórmula 3 inglesa, ontem. Sobre o título, todo mundo já falou e escreveu.

A matéria conduzida pelo Pedro Bassan deu um ar de patriotismo um tanto inconveniente à conquista de Felipe, que jamais correu no Brasil. Ayrton Senna também virou "do Brasil" sem nunca ter disputado nenhum campeonato aqui, se serve de bom presságio.

Tempos atrás fiz uma entrevista com Felipe Nasr, vou ver se acho aqui para resgatar.

Sertanejão na veia


Nada contra, mas iria demorar até que aparecessem Edson & Hudson na nossa série aqui. Pensei em muitos nomes para antes, eles próprios concordariam com minha escala de prioridades.

Mas eis que agora há pouco o jornalista Rodrigo Borges postou no Twitter um comentário qualquer sobre a volta da dupla, que havia sido desfeita no início do ano passado. Borges é roqueiro, há anos procura um baixista para sua banda aqui em São Paulo - currículos com foto 5x7 para seu perfil tuítico, o @estadodecirco.

Hudson também é roqueiro, tendência que motivou divergências técnicas e levou os irmãos a seguirem rumos distintos.

Não sei se era piada ou verdade, mas ouvi, ou li, não lembro, que Edson & Hudson passaram uns três anos correndo o país com o show de despedida da dupla antes de desfazerem-na. Enfim, se dava público, tinham mais é de partir mesmo para esse lado. Romário e Guga também passaram metade de suas carreiras despedindo-se do esporte.

A escolha da música de hoje deu-se por puro bairrismo. "Galera coração" foi escrita por Henrique Dylan, parceiro lá de Cascavel que vez ou outra dá as caras também nos bares onde nós, Luc & Juli, fazemos alguns dos nossos shows. Foi vídeo feito lá do meio da galera, mesmo.

O retorno saiu pela culatra

A falta de foco poderia sugerir outra autoria, mas credito ao Eduardo Homem de Mello a imagem aí de cima, que ele postou na internet hoje cedo. Tem cem anos de perdão, o Edu, já que é comentarista e não fotógrafo.

Mas fato é que o jornal O Estado de S. Paulo de hoje traz um pequeno registro da corrida de ontem da Stock Car em Salvador. Vitória de Thiago Camilo, a terceira dele no ano. A foto que ilustra o pequeno texto do Estadão mostra Cacá Bueno, que ganhou as corridas de Salvador em 2009 e 2010 e sequer foi ao pódio ontem - terminou em 11º e a autoria da melhor volta, que também vale presença na cerimônia de premiação, foi de Ricardo Zonta.

Erros na seleção de fotos em jornais acontecem. Nos áureos tempos do O Paraná, ainda antes de eu chegar lá, inverteram duas fotos numa mesma página. Uma mostrava um grupo de empresários, outra mostrava bois de um leilão. Nos EUA, durante a última campanha presidencial, um jornal que não lembro qual é publicou a foto de Osama Bin Laden com a legenda de Barack Obama - o que me faz lembrar da emissora de TV que, em maio último, inseriu a frase "Corpo de Obama foi jogado no mar", depois da anunciada morte do terrorista.

Sim, esses erros acontecem, mas não é problema de Camilo. Que se manifestou a respeito agora há pouco, pelo Twitter, onde postou "Alo @estadao só posso classificar a matéria de vcs de hj como falta de respeito aos meus patrocinadores e minha equipe".

Camilo é o dono da rua. Bueno, o dono da foto.

"Para, para, para!"

“Para, para, para!”.

Parar o quê, se estou só escrevendo meu modesto press-release e tomando meu café em São Paulo, um dia antes da viagem ao Rio?

É uma ordem estranha, sobretudo quando vem de um policial militar que desce correndo, arma em punho, da viatura parada bruscamente em frente à minha casa – em se tratando de São Paulo, já expliquei por aqui o lance da “minha casa”.

Pararam duas viaturas, uma em cada extremo da pequena rua no bairro Interlagos. Depois chegou mais uma, logo eram quatro. Pedro, Natália e Zoraide, meus anfitriões, saíram para tratar da vida, estamos aqui eu e os cães. E presenciamos, eu e os cães (como latem!, chega a irritar), a prisão dos dois marginais que tratavam de limpar a casa do vizinho do lado.

São organizados, os ladrões. Estacionaram em frente à casa do vizinho um Palio, que dali sairia abarrotado com tudo o que o furto pudesse render. Não contavam com o atendimento ágil da Policia Militar.

Armas não me assustam, é um erro de postura perigoso, e claro que me meti lá no meio da confusão. Só tive participação direta quando ouvi do policial a recomendação de não fotografar os ladrões, que chegaram num Palio de lateral amassada e estão indo embora agora no compartimento de carga de um Palio Adventure, bem mais novinho e com direito a motorista particular.

Ao longo da vida a gente vai experimentando sensações. E a de parabenizar um policial por um trabalho bem feito, acabo de tirar a prova, é muito boa.



ATUALIZANDO EM 5 DE SETEMBRO, ÀS 12h42:
O vizinho que mora sozinho na casa invadida acaba de chegar, trazido por um amigo. Uma equipe da PM ainda está ali, fazendo vistorias, laudos ou sei-lá-o-quê no dito Palio verde.

domingo, 4 de setembro de 2011

Sertanejão na veia


O dia de autódromo foi corrido e nem tive tempo de vir ao blog, mas não posso ir dormir sem manter a série mais acessada de todos os tempos da última semana.

"Ainda ontem chorei de saudade", com Marciano, já na fase da carreira solo e de cabelos alisados. O show gravado em Minas, diz o YouTube, foi para o DVD "O Inimitável - Marciano". Meio que mentira, muita gente imita o Marciano, eu mesmo me arrisco a isso algumas vezes.

O fim da dupla João Mineiro & Marciano, uma das clássicas, já tem 18 anos. É mais uma daquelas provas irrefutáveis de que o tempo passa. João Mineiro fez outra dupla, com um tal Mariano, claro que não vingou. Nem o nome ajudava. João Mineiro & Zé Goiás, formação humorística que ele integrava antes de se juntar a Marciano em 1970, soava melhor.

Fui a um show de João Mineiro & Marciano em Cascavel em 1992. Anos depois, acho que uns dez, Marciano estava sentado ao meu lado lá na redação do jornal, dando entrevista ao Mário Lemanski. Quando saiu, Malé, como era chamado - morreu em 2005 -, manifestou estranheza por eu não ter providenciado uma foto com a visita.

Teria feito, claro. Só me faltou perceber que o cidadão de rabo-de-cavalo, boné e camiseta regata era o Marciano.

sábado, 3 de setembro de 2011

No caminho havia um bueiro

Com o trabalho encerrado em Interlagos, chego em casa - sim, já é minha casa também - e corro ligar o computador para acompanhar a etapa de Baltimore da American Le Mans Series. Pista de rua, nova em folha, a mesma que amanhã vai acolher a 15ª etapa da Fórmula Indy.

A programação de treinos em Baltimore teve de ser refeita com a brincadeira andando, reflexo da necessidade de obras de última hora no circuito de rua. O Victor Martins, de novo ele, chegou a trazer em seu blog Victal um episódio bastante pitoresco a respeito.

A ALMS, ontem, só foi para a pista quase cinco horas depois do horário previsto, e seus treinos livres foram reduzidos dos 120 minutos previstos para 75 minutos.

Agora, com 31 voltas de corrida, e faltando cerca de 70 dos 120 minutos de duração, o safety car é mandando à pista. Cheguei a comentar no Twitter que a bandeira amarela era decorrência de uma peça de carro que estava na pista. A narração da transmissão pelo site da categoria, claro, é em inglês, e meu inglês é péssimo - cheguei a entender que era uma peça do carro número nove, embora esse carro não exista. Ainda não sei, talvez seja na curva nove.

Mas não é peça de carro nenhum. Foi a tampa de um bueiro que se soltou - na imagem que reproduzi do site você vê o tal bueiro. A tampa foi parar a uns cinco metros dali.

Se você ler esse post nos próximos 58 minutos, ainda terá tempo para acompanhar o restante da corrida - que, opção melhor, está sendo transmitida também no Speed Channel, com narração do Sérgio Lago. Se tiver de recorrer à internet, a transmissão está aqui.

Sertanejão na veia


"Separados", uma das músicas que mais gosto de Renê & Ronaldo, desde os tempos de música ao vivo no Dom Giovanni.

O título da música vem bem a calhar, já que Renê e Ronaldo, também donos da épica "Fonte de desejo", desfizeram a dupla por um tempo. Renê chegou a gravar sozinho. Voltaram anos depois e retomaram a parceria a partir do CD ao vivo "Ao vivo no barzinho", de onde saiu o clipe de hoje.

Dividi o palco com Renê em sua fase de carreira solo. Não nos vimos, na verdade. Foi em outubro de 2000, quando a Capital FM completou 10 anos e elegeu uma música para cada ano de trajetória. Num evento que reuniu dezenas de milhares, sem eufemismos, coube a mim interpretar a música relativa a 1995, "Pelados em Santos", dos Mamonas. Renê fez um dos shows principais, mais tarde, escutei lá de casa.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

As regras das 24h

Já falei das 24 Horas de Interlagos, e sei que há muitos pilotos que abrem brechas em sua agenda para uma passada de olhos aqui pelo blog. Então, facilito-lhes a vida e posto aqui o link para o regulamento da corrida, que vai ser nos dias 28 e 29 de janeiro do ano que vem.

É só clicar aqui e baixar o PDF.

Quatro horas de Luc

Recorro à programação do Speed Channel para amanhã para conferir a transmissão da etapa da American Le Mans em Baltimore. Sim, será mostrada, a partir das 17h30.

Surpreende-me, ali, a confirmação de que o canal vai mostrar já neste sábado - e não no domingo, como eu imaginava - as corridas de uma semana atrás do Itaipava GT Brasil, em Interlagos. VTs completos, com a 11ª etapa a partir das 14h e a 12ª logo em seguida, às 15h. As duas corridas foram vencidas por Valdeno Brito e Matheus Stumpf, líderes do campeonato, e tiveram atuação notável de Cláudio Ricci e Rafael Derani. Não vou contar o enredo todo, só garanto que vale a pena acompanhar. Narração minha, comentário do Tiago Mendonça.

Antes, do meio-dia em diante, serão exibidas as três corridas que compuseram a última etapa do Porsche GT3 Brasil, em Curitiba. Duas provas da categoria Cup, com vitórias de Ricardo Baptista e Clemente Lunardi, e outra da Challenge, que marcou o inédito primeiro lugar de Gui Affonso. Narrei essas, também, com o André Duek na cadeira do lado.

Os telespectadores do Speed vão atuar quatro horas da minha narração. É castigo, só pode.

Sertanejão na veia


Esse saiu de uma das edições de 1996 do “Clube Irmão Caminhoneiro Shell”, que o SBT exibia nas manhãs de domingo, bem antes do “Siga Bem, Caminhoneiro”.

No palquinho improvisado pelo programa estavam Chrystian & Ralf, dupla hors concours, e João Paulo & Daniel, os únicos que aparecem cantando no vídeo. “Nelore valente”, outra poesia pura.

As maiores pérolas do estilo vêm desses causos contados em forma de música. Muitos deles são histórias reais.

Edgard e Cascavel

Edgard Mello Filho, narrador de várias das categorias do esporte motor nacional e figura impagável, já está em Interlagos. Amanhã e domingo, vai narrar para a Record News as provas do Moto 1000 GP.

Quando nos encontramos, agora há pouco - e fazia um bom tempo que não batíamos um papo -, a primeira pergunta que me fez foi sobre "a reforma que estão fazendo no autódromo de Cascavel". Na verdade, ao que sei, ainda não estão fazendo, mas há quem anuncie aqui e ali que as máquinas vão começar a operar por lá a partir de 19 de setembro.

Se confirmada a data, o trabalho vai começar um dia depois da próxima etapa do Regional de Marcas, que dividirá programação com os curitibanos Metropolitano de Marcas & Pilotos e Stock 5000. Estarei no Rio de Janeiro e não vou ver nem as corridas, nem o início das obras, se acontecer mesmo nesta data.

Edgard exala saudosismo quando fala do autódromo de Cascavel. "Participei da Cascavel de Ouro que inaugurou o autódromo (isso foi em 1973, nota minha) e depois ganhei uma porrada de corridas lá, de Opala, de Maverick, de tudo que você imaginar. Os troféus estão todos guardadinhos lá em casa, e cada vez que eu olho aquilo me dá uma saudade...", narrou, com notória sinceridade.

Contei, a pedido, o pouquíssimo que sei. Que a reforma vai incluir a construção de novos boxes e que não se vai mexer no traçado da pista, apenas alargá-lo um pouco. Edgard interviu: "Na pista não tem que mexer nada. Ela é perfeita".

Falou quem conhece, e bem. De dentro e de fora.

Falando nisso...











Por falar em reforma, nossa torre de controle aqui em Interlagos está precisando de algumas demãos de tinta, não?

Replacement

Semana passada lamentei aqui a demolição da arquibancada mais simpática do autódromo de Interlagos.

Minha primeira preocupação hoje, na chegada a Interlagos - cheguei quase antes do sol, acreditem, e só digo "quase" porque a foto comprova que já havia amanhecido às 7h05 -, foi ver se estavam de fato tratando de substituí-la.

Estão, o que é bom. Tomara que ergam ali a estrutura mais confortável oferecida entre todos os autódromos do mundo, para bem acomodar os meus milhares de amigos, que o acaso mantém anônimos para mim. Eles merecem, e muito.

A festa das duas rodas

Fim de semana de Moto 1000 GP aqui em Interlagos, os treinos começam daqui a pouco.

Vou postar aqui a programação do evento para mero efeito de consulta. Me conheço bem, sei que daqui a pouco terei perdido a versão impressa que acabo de pegar lá na secretaria.

Sexta-feira, dia 2
10h30 – treino livre GP Light / BMW S1000RR Cup (30 min.)
11h15 - treino livre GP 1000 (30 min.)
12h00 - treino livre GP Light / BMW S1000RR Cup (30 min.)
13h30 - treino livre GP 1000 (30 min.)
14h15 - treino livre GP Light / BMW S1000RR Cup (30 min.)
15h00 - treino livre GP 1000 (30 min.)
15h45 - treino livre GP Light / BMW S1000RR Cup (30 min.)
16h30 - treino livre GP 1000 (30 min.)

Sábado, dia 3
8h45 - treino livre GP Light / BMW S1000RR Cup (30 min.)
9h30 - treino livre GP 1000 (30 min.)
10h20 - treino classificatório GP Light / BMW S1000RR Cup Q1 (20 min.)
10h50 - treino classificatório GP Light / BMW S1000RR Cup Q2 (10 min.)
11h15 - treino classificatório GP 1000 Q1 (20 min.)
11h45 - treino classificatório GP 1000 Q2 (10 min.)
13h00 - largada GP Light / BMW S1000RR Cup (11 voltas)
14h15 - largada GP 1000 (14 voltas)

Domingo, dia 4
9h40 - warm up GP Light / BMW S1000RR Cup (20 min.)
10h15 - warm up GP 1000 (20 min.)
11h50 - largada GP Light / BMW S1000RR Cup (11 voltas)
13h50 - largada GP 1000 (14 voltas)

É a terceira das seis etapas do calendário, as corridas serão amanhã e domingo com as categorias GP Light e BMW S1000RR Cup - que compõem o mesmo grid - e GP 1000, esta com transmissão ao vivo pela Record News.

O Moto 1000 GP abriu a temporada aqui mesmo, em Interlagos, nos dias 8 e 10 de julho. A segunda etapa, em Brasília, aconteceu nos dias 20 e 21 de agosto.

Havendo tempo para pescar alguma coisa bacana e pitoresca por aqui, pingo no blog. Tempo não é das coisas que costumam sobrar em fim de semana corrida, mas é uma possibilidade.

Enquanto os treinos não começam, vou lá no Serjão filar um café.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Os gênios do Brasil

Não podia ter outra natureza que não a comédia uma entrevista com um sujeito cujo mérito foi o de criar uma lei para... Mudar o clima do Brasil!

Começa com o repórter observando que o gênio é poliglota e fala vários idiomas. Puxa.

Aí vem o festival do nosso criador de cacau. Que fala do “Brasil com Irrigração – o Brasil molhado, para quem não entende”. Depois tem o “aquecimento grobal lá de Roraima, ou seje, lá do Nordeste, quando ligam as aparelhagem, ligam as torneiras para aquecer o planeta”...

Ah, não vou decupar nada. Assistam, que vale a pena. Tem aula de castelhano e de japonês, também. Quem postou o vídeo, via Twitter, foi o André Pedralli, meu conterrâneo cascavelense que não conquista um Brasileiro de Kart já há dois anos. Vale cada segundo.



Me fez lembrar daquela brincadeira boba que a gente fazia quando criança, perguntando “o a tem som de u?”. E também das entrevistas em inglês do Joel Santana.


Stock nas ruas e na tela

E domingo tem Stock Car nas ruas da Bahia. É a terceira edição da corrida.



Largada às 11h, com transmissão ao vivo da Rede Globo, na íntegra, dentro do “Esporte Espetacular”. O SporTV 2 mostra o VT completo à noite. Sérgio Maurício narra a corrida, com comentário do inoxidável Reginaldo Leme.

Salvador também recebe, no circuito de rua do Centro Administrativo da Bahia, uma rodada dupla do Mini Challenge. A corrida de sábado começa às 16h45, a de domingo larga às 13h, as duas terão transmissão ao vivo, com narração do Celso Miranda e comentário do André Duek. Informações que me foram passadas pelo André. A área “Programação” no site da emissora, agora à noite, estava, hã, um tanto estranha.

Os tweets de Rubens

Hoje o Victor Martins ponderou em seu blog, o Victal, que a Williams tem dado mais atenção a Pastor Maldonado que a Rubens Barrichello em suas manifestações via Twitter. Está aqui, com a devida consultoria do Thiago Alves, meu colega de Speed Channel.

Em se tratando de pinçar do Twitter dicas sobre o futuro, cheguei a concluir, quase um mês atrás, que Rubens estava mesmo tirando o time da Williams. Foi em 5 de agosto, quando ele próprio abordou em sua conta no Twitter, com quatro posts quase simultâneos, rumores sobre a intenção de pendurar as sapatilhas na Fórmula 1. Foram esses aqui:

esta historia q eu quero parar eh uma baita bobagem...O Q MAIS QUERO EH CONTINUAR e estou trabalhando pra ter um carro bom ano q vem

falar mal da Williams agora eu estaria dando um tiro no próprio pe...problemas existem e ainda bem q existem.Vamos tratar de resolve-los

e pra ser sincero eu ate falei pra Williams q se me dessem um contrato de 2 anos eu assinaria na hora.Bem diferente desta historia de parar.

enfim se Deus quiser continuaremos correndo e com um carro bom...e #tamojunto onde for...#prontofalei hehe


Rubens usa e abusa da hashtag tuítica #tamojunto, que virou até nome da torcida organizada que conheci durante as 500 Milhas da Granja Viana de 2009. Usou-a, inclusive, na última sexta-feira, quando postou, em inglês e português, um comentário que, exercendo meu lado Herculano Quintanilha, tomei como indicativo de prognóstico:

remember this helmet??it was the one for race 257...looking forward for the one at race 340 or more.... http://twitpic.com/6bmgiq

olha a foto q achei..do capacete da corrida 257.#tamojunto ate uns 340??? http://twitpic.com/6bmcox


As fotos são do capacete que Rubens usou no GP da Turquia de 2008, e que trazia no layout grafismos comemorativos à estatística de então: naquela corrida, chegou a 257 GPs disputados e superou o recorde de 256 que Riccardo Patrese mantinha desde sua aposentadoria, ao término da temporada de 1993.

Rubens, hoje, soma 316 largadas na F-1. Atingirá 323 até o fim do ano. A FIA confirmou ontem o calendário de 2012, com 20 corridas. Se fizer todo o próximo campeonato, vai a 343.

Quando faz menção a 340 corridas, Rubens leva a duas conclusões: primeiro, a de que estará na pista em 2012; segundo, de que o próximo campeonato pode ser seu último na F-1.

Claro que uma das duas pode ser equivocada. Ou mesmo as duas.

Sertanejão na veia


Pecado imperdoável não ter aberto a série com “Estrada da vida”. Mas sempre é tempo de tentar reparar uma injustiça – em alguns casos é perda de tempo, mas isso é assunto pra outra ora.

“Estrada da vida”, para quem toca música sertaneja, emplaca com teens, os de 18, de 30, de 50, de 80. Aos que tentam arranhar um violão, invariavelmente apresenta-se como primeira opção, só exige lá, mi e ré, é fácil.

Os créditos que sobem no final deixam claro que o maior sucesso de Milionário & José Rico encerra a edição de um especial. É o do DVD “Atravessando gerações”, lançado em 2008.

Um amigo que diz saber um pouco de tudo me contou, tempos atrás, que nos bons tempos do disco os lançamentos de Milionário & José Rico já saíam do forno com um milhão de cópias vendidas, e que certa vez eles foram fazer um show na China e ficaram surpresos ao perceberem que eram conhecidíssimos por lá.

Não garanto, mas não duvido.

Um pouco das 24 horas

Dia desses veio o Juliano Bastos, piloto lá de Cascavel e que anda perdido pelo mundo, me perguntar lá no Twitter se eu também achava absurda a taxa de inscrição nas 24 Horas de Interlagos. É uma taxa respeitável, de R$ 30 mil por carro.

Marcada para entre 28 e 29 de janeiro de 2012, com largada e chegada às quatro da tarde, as 24 Horas de Interlagos chegam à quinta edição. A primeira foi em 1960, essa da foto logo abaixo; a última, essa com largada ao estilo Le Mans da foto acima, que conseguimos extrair do arquivo pessoal do Bird Clemente, em 1970. Na década de 50, é verdade, já havia acontecido uma corrida nesse formato, só para carros da Mercedes-Benz. A do ano que vem vai integrar a programação oficial do aniversário da cidade de São Paulo, e o autódromo vai acolher, durante a semana toda, um sem-número de eventos paralelos. Vai ser muito movimentado, e só posso dizer que vou participar desde o primeiro dia.

Ponderei ao Juliano, quando de sua abordagem, o que sabia até então. Essa taxa inclui praticamente uma semana de pista entre treinos e corridas, o fornecimento de pneus e combustível, box montado e padronizado e, claro, a inscrição dos pilotos, mínimo de quatro e máximo de dez por carro. Falei que estava barato até demais, ele acabou concordando.

Ontem gravei uma entrevista com Toninho de Souza, organizador do evento, e o diretor de provas Sérgio Berti, que vai circular nos próximos dias pela internet. Minha participação, como sempre, foi dispensável, Toninho não precisa de ninguém lhe perguntando nada para dar o serviço completo.

Há mais coisas, além do que falei ao Juliano. Também incluídos na inscrição por carro estão o tanque de combustível de todos os carros, que terá revestimento interno de borracha e foi desenvolvido por uma empresa de aviação – e incorpora um sistema que evita vazamentos em caso de acidente –, o bocal de abastecimento que será instalado na lateral de cada carro participante, a torre que vai armazenar o combustível nos boxes, com a mangueira e o engate rápido, a entrega do combustível no box da equipe no horário solicitado (acabou aquela correria de mandar um mecânico com o vale-etanol ao posto para trazer mais um galão) e a cessão e a instalação em todos os carros do safety light. Esse é um sistema que já usam na Stock Car, que indica por luzes coloridas no painel as ocorrências na pista, uma eventual bandeira amarela, ou a ordem de entrar para o box para reparos no carro ou cumprimento de punição, coisas assim.

A edição de 2012 resgata um dos princípios que Barão Fittipaldi e Eloy Gogliano deenderam quando conceberam as 24 Horas de Interlagos há mais de meio século, que é a adoção de carros nacionais. Assim, o grid será composto apenas por modelos fabricados no Brasil – ou noutros países do Mercosul, notadamente a Argentina –, com motores 1.6. São, basicamente, os carros que integram as competições regionais de Marcas & Pilotos, o que vai facilitar a participação de equipes de todos os cantos do país. Não é figura de linguagem.

A organização do evento abriu vagas para 60 carros, e depois desses primeiros dias de comentários a respeito já há 30 fichas preenchidas na Interlagos Eventos Esportivos. É de se supor que as 60 vagas sejam preenchidas bem antes de 2011 terminar. Além dessas, haverá uma cota de nove vagas para convidados especiais

Juliano Bastos, aliás, ganhou a primeira corrida que narrei ao vivo na televisão. Foi a terceira etapa do Regional de Marcas & Pilotos de Cascavel, em 2006. Transmiti pela CATVE, do Jorge Guirado, e meu comentarista foi o ex-piloto Flávio Poersch. A foto aí abaixo é do Juliano em ação naquela corrida com um Voyage do grupo N. Atuou como parceiro do Thiago Dalla Vale, que sumiu. No grupo A, quem ganhou aquela corrida foi Mário César Bonilha, que hoje está fazendo história no Trofeo Linea.

Será que Juliano e Cesinha vão estar no grid das 24 Horas?


Você sabe?

Hoje é aniversário do Corinthians. Sem muito a dizer além desse vídeo que o Bruno Broetto compartilhou (é assim que se diz?) lá no Facebook:


Ah, claro, o Coringão é líder do Brasileirão. 2011 é o ano do penta.