sábado, 11 de dezembro de 2010

Tem também o livro do França

Tenho de tomar cuidado para não transformar o BLuc em banca de anúncios, embora isso aqui pudesse ser bem mais útil acompanhando o que o mercado editorial está lançando do que comportando as sandices que me passam pela cabeça. De qualquer modo, quando tem parceiro assinando qualquer coisa, é no mínimo justo compartilhar com a audiência.

Desta vez é Rodrigo França, 32 anos (duvido que seja só isso, mas...), parceiro jornalista – concorrente, em vários casos –, quem assina a obra que será lançada na próxima quarta-feira. “Ayrton Senna e a mídia esportiva” é o título, auto-explicativo. Leva o selo da editora AutoMotor, de Reginaldo Leme, que jamais havia publicado um livro – a ação editorial, parece-me, vinha se restringindo ao ótimo anuário homônimo do automobilismo. Cada exemplar vai custar trinta reais, vou atualizar esse post com os contatos para que você possa comprá-lo tão logo o França mos envie.

O livro de França nada mais é que uma versão penteada da tese que defendeu no mestrado em Jornalismo na USP, onde também se formou algumas eras atrás. “De novo, para quem é do meio automobilístico, o livro não vai trazer nada. Mas quem é de fora desse nosso meio vai dizer ‘putz!, não tinha parado pra pensar nisso’, é esse o público-alvo”, diz França. “Ayrton era um cara superfocado para a mídia, ele sabia se posicionar, pensar nas palavras que iria dizer. Ele foi o cara que inventou o media trainning”, discorre o escriba.

Rodrigo falou-me na sala de imprensa de Interlagos, onde encontramo-nos durante a etapa final do Porsche GT3 Cup Challenge – ele presta assessoria ao bicampeão Miguel Paludo –, de seus objetivos quando começou a tramar a publicação. “Quando pensei nesse livro, pensei no cara que era fã do Senna e deixou de ver a Fórmula 1, para que pudesse entender o que houve com a mídia esportiva, e também pensei no estudante de jornalismo. O esporte é a única editoria que, se houver um ídolo, cobre a modalidade; se não, não cobra. Basta ver o que houve com o tênis na época do Guga. Mas com a F1 é diferente, a categoria se solidificou, existe um público fanático por corridas”, frisa.

França, no livro, também aborda a forma como a mídia massacrou Rubens Barrichello depois da morte de Ayrton. “A imprensa estava mal acostumada, vinha de três campeões mundiais, quando Senna morreu ele estava uma equipe pequena, o carro quebrava, ele não chegava em primeiro, mas o grande público não entendia isso”, resume.

Não li o livro do França ainda. Imagino ter boa qualidade. Numa dessas, pode estar surgindo aí para o corintiano amigo uma nova carreira. Porque como garoto-propaganda de peças visuais, vê-se acima, é uma lástima.

ATUALIZANDO EM 12 DE DEZEMBRO, ÀS 19h56:
Via Twitter, França avisa que o lançamento do livro ficou para segunda-feira que vem, dia 20, no Garage Burger, o boteco do qual é sócio e que, dizem, faz um sanduba de primeira. Deve ter adiado para garantir que eu não desse as caras na efeméride, já que fico por aqui até a quinta...

1 comentários:

Vitor Garcia disse...

Opa, Garage perto de casa... Só avisar a data e horário que estamos lá! Parabéns França pelo livro, vou pedir de amigo secreto...